quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Evangélicos serão a maioria dos brasileiros em dez anos, diz estudo

                     Os evangélicos vão se tornar a maioria da população brasileira nos próximos dez anos ou até em um pouco menos. Se for mantida a taxa anual de 7% de conversões, em 2020 os evangélicos representarão 52% do total dos brasileiros.
É o que projeta um estudo da Sepal (Servindo aos Pastores e Lideres), que, para chegar a esses índices, cruzou dados do Censo 2000 do IBGE com uma pesquisa feita em março de 2007 pelo DataFolha.
Luis André Brunet, da Sepal, disse que as conclusões do estudo têm 95% de margem de acerto.
Ele afirmou que o crescimento do número de devotos se manterá a partir de 2020 porque, entre outros fatores, a presença dos evangélicos nos Estados do Nordeste ainda está abaixo da média nacional por causa da existência lá de “fortes raízes católicas romanas”, além do misticismo.
Brunet disse que o Brasil evangélico causará uma profunda mudança no comportamento dos brasileiros, e para melhor, como a redução do consumo de álcool e de outras drogas, aumento das matrículas escolares e queda no número de divórcio.
Ainda assim afirmou estar preocupado com uma tendência que já é muito forte, a de líderes religiosos materialistas que pregam a teologia da prosperidade, que não reflete os valores cristãos.
Disse estar orando para que a conversão evangélica do Brasil seja genuína, de acordo “com as normas apresentadas no Evangelho de Cristo”.

Católicos

Dom Raymundo Damasceno Assis, o novo presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), afirmou que os evangélicos que “começam a ler mais, a estudar mais” mudam para a Igreja Católica porque se tornam mais críticos em relação à religião e à sociedade.
No encerramento da 49ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP), ele disse ontem que essa mudança de comportamento já está ocorrendo em consequência da ascensão social de 30 milhões de pessoas nos últimos anos.
Disse que esse novo contingente de classe média está se distanciando das igrejas evangélicas e se aproximando da Católica. Ele não citou a fonte de sua informação.
Ainda assim ele falou que as paróquias precisam deixar o “comodismo” de lado e sair em busca de fiéis, principalmente dos mais jovens.
Afirmou que o seu principal desafio na presidência da entidade será fortalecer o papel missionário da igreja.
As pesquisas mais recentes não respaldam as declarações de dom Assis. Todas mostram que tem havido um rápido crescimento no número de evangélicos.



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