Por Pr. Jeff Fromholz(Geração Benjamim)
E ali estava ela: a casa dos seus sonhos. De repente você a achou depois de entrar num “daqueles bairros”, feliz pelo fato que o guarda não estava no posto dele e você aproveitou sua sorte só para dar uma olhada. Você nunca visitou esse bairro; na verdade, você nem mora nessa cidade. Você está simplesmente tirando férias com sua família e sonhando como seria morar numa cidade de praia, quando você teve a ideia de dirigir um pouco e olhar para aquelas casas que valem mais do que 10 da sua e sonhar. Quando, de repente, você se achou de cara com ela.
Uma casa de frente para a praia, dois andares, quase toda a frente feita de vidro e mais do que tudo, ela era zerada. Ela acabou de ser construída e nem tinha dono ainda. E, naquele momento espiritual, algo te tirou do seu sonho, era uma voz, “Você quer ver ela por dentro?” Era o construtor que estava fazendo a sua última vistoria e te convidou para acompanhar ele. Ele não tinha que perguntar duas vezes. Você saiu do seu carro rapidamente, mas, ao mesmo tempo, tentou não parecer como alguém louco e desesperado, mas sim como alguém que estava acostumado de estar perto de coisas tão grandiosas.
Uma casa de frente para a praia, dois andares, quase toda a frente feita de vidro e mais do que tudo, ela era zerada. Ela acabou de ser construída e nem tinha dono ainda. E, naquele momento espiritual, algo te tirou do seu sonho, era uma voz, “Você quer ver ela por dentro?” Era o construtor que estava fazendo a sua última vistoria e te convidou para acompanhar ele. Ele não tinha que perguntar duas vezes. Você saiu do seu carro rapidamente, mas, ao mesmo tempo, tentou não parecer como alguém louco e desesperado, mas sim como alguém que estava acostumado de estar perto de coisas tão grandiosas.
Você andou ao lado do construtor mas se segurou para não passar na frente dele. Ele decidiu entrar pela garagem, pois a porta já estava aberta. E quando você entrou, de cara você viu a garagem recheada por cinco carros. Puxa, sua casa inteira quase ia caber dentro dessa garagem. E logo depois veio o momento de qual você estava esperando, de ver a casa em si. Abrindo a porta, ele se tirou da sua frente e ofereceu que você entrasse primeiro. Quase pulando, você entrou e travou bem na porta. Era uma casa de qual você nunca viu; talvez nos filmes de Hollywood, mas ninguém mesmo mora lá, e na verdade ninguém ainda mora nessa. Era limpa e tudo brilhante. Ela tinha uma sala na frente bem grande com tetos altos, uma sala ao lado, com uma lareira; talvez esfriasse algumas noites na praia, e uma cozinha enorme. No segundo andar tinha cinco quartos; suítes para ser exato. Aquela do mestre tinha espaço suficiente para um campo de futebol que podia ser colocado bem ao lado da piscina que estava ali; opa! Isso não era uma piscina, mas uma banheira tamanho família. Finalmente você ia ter uma oportunidade de usar aquele equipamento de mergulho que você comprou e nunca usou por medo de um tubarão te achar como uma isca. Na frente desse quarto era uma varanda grande de frente ao mar, e no fundo tinha uma outra varanda olhando pra cima da piscina. Será que é necessário ter uma piscina quando sua casa é a 20 metros da praia? Mas quem era você para criticar uma casa da qual você nunca ia ver de novo na sua vida se não numa revista mostrando casas de praia? Era mais do que você podia capturar com seus olhos e mente, mas era tudo que você nunca ia esquecer.
Você agradeceu o construtor e saiu da casa tentando agir como era legal, mas que sua casa era parecida com essa. E entrando no seu carro, você saiu daquele bairro o mais rápido possível, antes que aquele guarda ausente voltasse e chamasse a polícia para prender o que era obviamente alguém que não tinha razão de estar lá dentro, além de procurar um lugar para roubar. E, saindo, você viu o guarda que acabou de voltar, que te olhou com aquela expressão, “Quem é você?”. E você simplesmente sorriu para ele e continuou de volta para seu hotel três quarteirões da praia onde sua esposa estava te esperando, pois já era a hora de almoço. Você conseguiu passar a sua refeição inteira somente falando daquela casa, e você falou com tanta convicção da beleza e como era maravilhosa a casa, que você até podia convencer alguém que era sua casa. E sua esposa, bom, ela simplesmente pediu mais uma sobremesa. Você obviamente não ia perceber.
Voltando para sua vida normal depois dos seus dias na praia, existia uma coisa que você não podia tirar da sua memória, algo que você jamais ia esquecer, e não, não era o pôr de sol na praia andando de mãos dadas com sua esposa; era aquela casa; a casa dos seus sonhos. Você falava dela para todo mundo: parentes, amigos, até no seu trabalho. A única coisa que você queria falar era daquela casa perfeita, aquela casa que você queria que fosse sua, até o dia em que sua esposa te pediu pra cortar a grama na frente da sua menos que perfeita casa, onde você realmente mora.
Esse é um dos problemas maiores que eu vejo na igreja hoje em dia. Nós temos tantas pregações maravilhosas falando de vitória, bênção, prosperidade, milagres, etc, só que o problema é que, quando paramos para analisar a situação real, descobrimos que a maioria de nós, se não todos, não estamos vivendo vidas vitoriosas, ou recebendo bênçãos, ou tendo prosperidade, ou vendo milagres. Ainda assim, nós gritamos os nossos “améns” com toda nossa força, na esperança que talvez pelo próprio esforço, o negócio ia se tornar real em nossas vidas. Mas parece que tudo está sendo em vão. Nada muda, nem as pregações. E um dia você, frustrado, começa a reclamar pra Deus, falando de como Ele tem te enganado, que todo mundo está recebendo Suas bênçãos e vivendo vitoriosos, até o momento que Ele te pede para você se calar um pouco e, com uma grande e majestosa voz, Ele fala: “Meu filho, ninguém mora lá.”
E essa é a realidade, a diferença do que está sendo pregado e o que está sendo vivido. Os púlpitos estão cheios hoje de pessoas que pregam o que não vivem e com tanta convicção que você tem certeza que eles estão mesmo experimentando tudo o que está sendo falado, e seu vizinho também, pelo jeito que ele está balançando sua cabeça, com aquele olhar que diz “Eu sei do que você está falando.” Mas, a verdade é que ninguém mora lá, nem aquele que está tentando te vender algo que nem ele tem. A maioria das pregações hoje em dia são inúteis. Elas não tratam com nada real e relevante. Elas simplesmente pregam sonhos de quais nós depois sentimos condenados porque não estamos vivendo; eles não são nossa realidade; eles não são a realidade de ninguém. São palavras lindas e vazias tentando manipular um povo a pensar em coisas desse mundo e dar o seu dinheiro em troco por coisas temporárias. Mas, no final de tudo, essas palavras não mudam a vida de ninguém, se não para ser mais pobre depois aquela oferta de “sacrifício”.
O que nós precisamos hoje é de pregadores que sabem onde eles moram e que falam das suas casas, dos seus vizinhos e dos seus bairros. Contar sobre uma casa que você viu uma vez não ajuda em nada, além de deixar a galera frustrada. Nós precisamos de pregadores que tem lutas e batalhas que podem se identificar com as nossas lutas; pessoas que nos falem como vencer os gigantes em nossas vidas e não de pessoas que parece nunca ter que lutar por nada. Nós precisamos de homens de Deus que sejam honestos e nos falem dos fracassos que eles têm, pois parece que um dos requisitos de poder subir no palco é que você já venceu e não mais tem pecado na sua vida. No mínimo isto é o que está deixado a entender pela maioria que nunca teria a coragem do subir aquele lugar santo.
A coisa que vai ajudar a igreja sonhadora e perdida de hoje é pregadores honestos que não estejam tentando proteger uma imagem falsa. Homens que buscam a Deus para algo em nossas vidas hoje. Algo que vai nos ajudar exatamente onde estamos em nossas vidas. Algo que vai falar das nossas lutas e fracassos, mas também de como vencer elas e da nossa esperança que temos em Cristo Jesus.
Sonhos são legais, mas sonhos não ajudam ninguém a lidar com a vida real. O que a igreja mais precisa hoje é pastores acordando dos seus sonhos de casas perfeitas e vendo a casa de Deus em ruínas e necessitando desesperadamente de uma reforma geral. Homens que vêem a tinta saindo das suas próprias casas e percebem a necessidade de uma mão de tinta, se não duas. Homens que, enquanto estão sonhando naquela casa linda e sem defeito, se lembrem: ninguém mora lá.
Entendo e concordo com o que o texto fala. Salomão teve de tudo e em Eclesiastes fala que tudo era vaidade e correr atrás do vento. Ele fala: “Fiz para mim obras magníficas...” “Ajuntei para mim prata e ouro...” “Provi-me das delícias dos filhos dos homens...” “Assim me engrandeci e me tornei mais rico que todos...” “...e olhei e eis que tudo era vaidade e desejo vão...” Eclesiastes,2:4-11. Salomão viu que a alegria não vinha de toda riqueza que ele conquistou e sim da mão de Deus. “Porque ao homem que lhe agrada, Deus dá sabedoria, conhecimento e alegria”.
ResponderExcluirMas no texto acima onde diz: "sonhos são legais, mas sonhos não ajudam ninguém a lidar com a vida real." não posso concordar. Sou uma sonhadora. Jesus era um sonhador. Ele falava de coisas que pareciam utópicas. Certa vez Ele disse: "Aquele que crê em mim, esse também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que esta..." João 14:12. A maior parte do mundo conhece pelo menos a história de Jesus. Sabemos que obras Ele realizou, sabemos que Ele revolucionou o mundo, com seu amor até por aqueles que o crucificavam(Lucas 23:4). Jesus disse aos discípulos que eles fariam obras maiores. Quem eram os discípulos? Alguns deles homens iletrados e indoutos, mas que falavam com intrepidez e faziam as pessoas se admirarem (Atos 4:13). Podemos fazer coisas maiores. Podemos sonhar com Jesus. Não precisamos de mansões, até porque Jesus também disse: “não andeis, pois, a indagar o que haveis de comer ou beber e não vos entregueis a inquietações. Pois a todas essas coisas os povos do mundo procuram; mas vosso Pai sabe que precisais delas.” Lucas 12:29 e 30. Deus sabe o que precisamos e com certeza ninguém precisa de uma mansão isso é vaidade. Jesus também nos ensinou a sonhar com a imortalidade : “Quem crê no filho tem a vida eterna...” João 3:36. Eu quero continuar sonhando com Jesus e lidando com a vida real que para mim é eterna.
Mesmo que algum dia meus sonhos morram, não tem problema, meus sonhos serão ressuscitados por Jesus que venceu a morte e ressuscitou para realizar os sonhos Dele e os meus. “Ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível que Ele fosse retido por ela.” Atos 2:24. “o qual (Jesus) destruiu a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade pelo evangelho...” II Timóteo 1:10.
Primeiramente obrigada pelo comentário! O blog é exatamente pra isso: debater assuntos que edificam! Mas, quanto à postagem, preciso esclarecer algo.. a ideia central do texto é dizer que muitos cristãos impõem vidas de sonhos e fantasias que nem eles mesmos vivem. É usar uma máscara de super herói e pregar mentiras sobre a vida cristã. Não quer de forma alguma dizer que é errado sonhar... Muito obrigada pela visita! Volte sempre!
ResponderExcluirManuela Azeredo
Ministério Transmissões Mundiais
Olá Manuela,
ResponderExcluirconfesso que entendi a idéia central do texto,tanto que comecei escrevendo que entendi e concordei com o texto, mas aquela frase realmente ecoou em meu coração sonhador e acabei me prendendo demais a ela e não a idéia central.
Me perdoe se pareci um pouco arrogante e se fugi um pouco do assunto. Não foi minha idéia, acabei escrevendo demais sobre o assunto que me fascina. Obrigada pela resposta.
Fica na Paz do Senhor.